Maio Furta-Cor: Maternidade Lourdes Nogueira promove sensibilização sobre saúde mental materna

Saúde
06/05/2024 16h00

Em uma ação coletiva envolvendo a sociedade e os profissionais de saúde, a Maternidade Municipal Lourdes Nogueira (MMLN), localizada no bairro 17 de Março, sensibilizou a população sobre a atenção e os cuidados necessários à saúde mental materna. A iniciativa faz parte da campanha "Maio Furta-Cor" que, no mês das mães, busca transformar a dor e o sofrimento que, eventualmente, possam estar associados ao processo da maternidade vivenciado pelas mulheres, numa onda de cuidado, afeto e legitimação de sentimentos.

A programação alusiva ao Maio Furta-Cor na MMLN teve início na manhã desta segunda-feira, 6, com uma sensibilização conduzida pelas psicóloga Aline Souza e Carolina Romano, que são representantes do movimento em Sergipe.

De acordo com Aline Souza que também é colaboradora da MMLN, esta é uma temática que precisa ser amplamente discutida com a sociedade, diante de conceitos e preconceitos que cercam a ambiência maternal.

"Precisamos mostrar a importância de se relevar a sobrecarga e as exigências a que a mulher está submetida nesse período. Como isso deve ser observado e quais são os mecanismos que temos para minimizar eventuais danos à saúde mental decorrentes desse processo que vítimas muitas mulheres", explica.

Furta-Cor

Aline Souza descreve ainda que "Furta-Cor" é, simbolicamente, a cor da maternidade, cuja tonalidade se altera conforme a luz que recebe. "As cores da maternidade não se anulam, não são iguais e não formam uma cor só. É pluralidade. Este simbolismo busca trazer a uma reflexão sobre a necessidade de se atentar para uma situação de extrema sensibilidade e que tem relação direta com a construção de uma sociedade mais equilibrada e integrativa no suporte às mulheres nesse período", argumenta.

Já a psicóloga Carolina Romano destaca a importância de democratizar o conhecimento científico a partir da sensibilização que a campanha propõe. "Este é, hoje, um movimento que já envolve 13 países e que foi idealizado por uma psiquiatra e uma psicóloga, diante da necessidade de desconstruir estigmas ligados à saúde mental materna, visando prevenir casos de ansiedade, depressão e suicídio de mães no puerpério. O entendimento desses fatores face às exigências impostas às mulheres, neste período, é que são o objeto dessa campanha", detalha Carolina.

As profissionais reiteram a importância de que todos que atuam numa unidade materno-infantil devem interagir nesse processo, incorporando uma ação democrática e livre de tabus e do silenciamento que cerca algumas situações como premissa para a promoção de saúde mental.

"Me vi em muitas situações descritas aqui e enalteço a importância da abordagem desse tema com todos os profissionais que fazem a assistência às pacientes. É um mundo novo para muitas, cheio de dúvidas e desafios e que não deveria admitir julgamentos. Devemos apoiar e buscar entender como funciona esse processo no universo dessa mãe, buscando aprender como podemos apoiá-las", revela a enfermeira Rafaela Xavier, que atua no Centro de Esterilização da unidade, após participar da roda de conversa posterior à exposição.

Programação

Na próxima sexta-feira, dia 10, às 9h, ainda no escopo da programação alusiva ao tema, ocorre a palestra "Vivência: Uma mãe leva a Outra", direcionada às colaboradores que são mães, focando na construção desse efeito multiplicador tão necessário para a compreensão do contexto. A palestra ocorrerá no auditório da MMLN, com a tutoria das psicólogas Aline Souza e Liana Matos.

Informações específicas sobre o tema podem ser obtidas no www.maiofurtacor.com.br, e nos perfis do Instagram @maiofurtacor e @ondafurtacor.aracaju.